A humanidade na sequência dos séculos consagrou
vários livros como clássicos: Odisseia de Homero,
A Bíblia, Os miseráveis de Victor Hugo, etc.
Mas, nos perguntamos: por que considerar obras
como essas clássicas e outras comuns? O pensador
Italo Calvino abre seu texto Por que ler os clássicos
comentando 14 ideias que tentam definir o que é
uma obra clássica. A primeira delas diz: Os clássicos
são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer:
“Estou relendo...” e nunca “Estou lendo...”
Seria O Livro dos Espíritos um clássico? Quanto ao critério exposto e aos demais arrolados pelo citado autor italiano, diríamos, com certeza, que sim! Não é um livro de leitura de um fôlego só, descartável como certos romances policiais que “numa viagem se compra numa estação e na outra se descarta”. O Livro dos Espíritos não é um livro de leitura única e nem somente para releituras: é um texto de estudo, para consultas permanentes, posto que se constitui na base das demais obras da Codificação kardequiana e inaugura uma nova era na tradi- ção espiritualista da Terra. Lançado pelo seu autor Allan Kardec em 18 de abril de 1857, no Palais Royal, em Paris, em princípio com 501 questões, passou a figurar a partir da segunda edição definitiva (revista e ampliada) de 1860 com as 1.018 tal como o conhecemos nos dias atuais. Obra essencial para quem deseja conhecer a fundo a Doutrina Espírita ou fazer-se dela adepto pela vivência plena de seus ensinamentos, O Livro dos Espíritos constitui-se, sim, no grande clássico que renova mentes e consciências na construção de um mundo melhor. *Oscar de Lira é expositor espírita nacional. Membro da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis - SEJA.
É Pedagogo, mestre em Filosofia e doutor em Letras Clássicas/Língua Grega. |
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