Diversos
Mensagem de Bezerra de Menezes
"Vós tendes ouvido, nestes dias em que aqui estivésseis, a mensagem profunda da imortalidade da alma. Vós participastes deste banquete de luz e vos iluminastes com a evocação da mensagem imorredoura de Jesus, esculpida em vossos corações. Não postergueis o momento grandioso do serviço com o qual estais comprometidos. Jesus vive no âmago do nosso ser e espera que Lhe sejamos fiéis. Não é a primeira vez que firmamos um compromisso de servi-Lo e fracassamos terrivelmente, olvidando-nos da Sua mensagem de fraternidade, para que o ego destruidor levasse-nos aos descalabros morais. Não é a primeira vez que Ele falou à acústica das nossas almas e, nada obstante, fascinados pela sua ternura, descemos ao abismo do prazer, enganoso e rápido, olvidando-nos de O servir. Novamente Ele volta através dos imortais que O estão precedendo como um exército ou como se as estrelas dos céus descessem à Terra para iluminar a grande noite e o Comandante do Amor viesse logo após. Espíritas, eis que vos foi dito "amai-vos", eis que vos é repetido "instruí-vos". Porém, acima de tudo, que vos dediqueis a servir. Jesus espera por nós. Da mesma forma que temos necessidade Dele, Ele necessita de que a nossa voz O leve àqueles que são ocos à verdade ou são paralíticos à ação do bem. Não mais amanhã, hoje! Agora é o momento certo de ajudar. Levantai-vos do estado de marasmo e plantai a cruz do gólgota, deixando-vos abraçá-la no testemunho do amor. Não mais o circo, com as suas paredes defensivas. Agora é a humanidade! Não mais as feras esfaimadas, são as vossas paixões que vos excruciam e que a todos nós atormentam. Sublimemos, juntos, os nossos sentimentos, para podermos corresponder-Lhe à expectativa de amor. Ide de retorno aos vossos lares e aplicai o bálsamo consolador da verdade que hora possuís e, se não puderdes fazer muito, fazei o que podeis, porque aquele que faz o que pode, faz o máximo. Mas ninguém é tão destituído de amor que não pode sorrir, que não pode distender a mão trêmula ao combalido do chão, que não pode repetir a parábola do bom samaritano colocando o bálsamo na ferida aberta que os ladrões do nosso passado espiritual atiraram-nos no caminho entre Jerusalém e a baixa região. Ide e Jesus irá convosco; e agradecei a Ele, nosso zênite, nosso nadir, assumindo a honra de O amar e de O conhecer. Do vosso servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra de Menezes. Muita paz meus filhos!" (Mensagem recebida pela psicofonia do médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento do congresso comemorativo de 30 anos da Associação Médico-Espírita de MG [http://www.amemg.com.br], no Hotel Dayrell, em Belo Horizonte, no dia 21/08/16) |
Chico Xavier - Coleção Completa
Os 412 Livros psicografados por CHICO XAVIER (download gratuito).
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Aos Pés do Cristo
Por Denise Lino
O que importa nesta cena não é quem a protagonizou, mas o gesto em si, embora particularmente eu prefira a versão de Lucas que coloca uma mulher do povo como a heroína desta cena ao ter a coragem de entrar na casa de um fariseu sem ser chamada, aproximar-se de Jesus, ajoelhar-se aos seus pés, lavá-los com suas lágrimas ou mesmo com água e massageá-los com um unguento raro e caro, comprado com suas parcas economias. Chama atenção neste gesto, o anonimato da protagonista, sua colocação aos pés de Jesus, numa posição em que a grandeza do Mestre é destacada, sua gentileza em lhe oferecer conforto para os pés e o presente muito especial, objeto, inclusive, em todas as narrações evangélicas, do questionamento dos apóstolos ou de pelo menos um deles – Judas – sobre o valor do presente que se vendido daria para alimentar os pobres, Jesus, porém, contrapôs-se a isto dizendo que os pobres conosco sempre os teríamos, mas a Ele nem sempre. Ou seja, mesmo que o unguento fosse vendido o dinheiro não teria sido suficiente para reverter a situação dos pobres. E, além disso, perder-se-ia a oportunidade de estar com Ele. Em outras palavras, Jesus também aceita nossas doações de amor, aceita nosso convite para uma visita mais íntima em que possamos reverenciá-lo como fez a mulher se, claro, estivermos em sintonia com Ele, como ela estava. Destaca-se especialmente neste episódio a relação entre alto e baixo, sintonia e distanciamento. Jesus, símbolo da iluminação está no alto, a mulher que nos representa está em baixo, em outra palavras para que alcancemos o Mestre precisamos sair da baixada em que nos encontramos para as cumeadas da iluminação. Não é a toa que igrejas são construídas muitas vezes em lugares altos, que instituições religiosas têm púlpitos e que monumentos religiosos no mundo inteiro como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Igreja de Montmartre em Paris, o portal de Notre-Dame, na mesma cidade, a igreja de Santa Maria, em Florença na Itália, entre outras, têm escadaria enormes que exigem dos fiéis e dos turistas, muitas vezes incautos e sem se dar conta do significado simbólico da escadaria que sobem, esforço físico que nem de longe se aproxima do esforço espiritual para se estar aos pés de Jesus. Da mesma forma, recompensados pela visão primorosa quando alcançado o topo destas escadarias ou ultrapassado o portal, esta não se compara à visão tête-a-tête com Mestre como a que teve a mulher que lavou seus pés. Contrapõe-se a tudo isto a igreja de São Francisco, em Assis, na Itália, que diferentemente de todas as igrejas da cidade é que fica no local mais baixo da colina, situada em sua base. Curiosamente construída neste lugar, dá-nos a ideia de que o pobrezinho de Assis estava muito mais do que aos pés do Mestre, estava ao seu lado, ombreando-O, mas a sua igreja construída na baixada é um carinho do Pai João para conosco, como se nos dissesse: Vem, o Mestre também está aqui. Assim, simples e desataviado! Numa demonstração de que para estar aos pés do Cristo precisamos, antes de tudo, estar à altura da sua sintonia tal como a mulher que rompeu preconceitos, desafiou normas de conduta e presenteou Jesus com o tinha de melhor: sua gentileza. |
30 de Junho - Orson Peter Carrara
Sim, ele também é gente. Percebe-se, a certo ponto da vida, com sensações estranhas que não consegue entender, nem explicar. Normalmente sofre preconceitos e, quando é reconhecido como tal, torna-se alvo de bajulações e chega a ser endeusado pela ignorância dos que não o compreendem – com sérios riscos de vaidade que podem colocá-lo a perder-se em seus compromissos. Mas é gente como qualquer outra pessoa. Tem sangue nas veias, sente dor, precisa descansar, alimenta-se como qualquer ser humano. Também fica bravo e sente-se magoado, mas quando consciente de seus compromissos, é convidado a comportamento de humildade e de trabalho em favor do próximo. Sim, pois que seu compromisso é para o com o bem geral, no atenuar das aflições humanas, como veículo ou instrumento de socorro às agonias e tormentos que rondam o ambiente da família e da sociedade em geral. Nem por isso, todavia, é um privilegiado. É um ser comum, mas trouxe consigo uma bagagem diferenciada, tendo em vista atender ao próprio compromisso antes firmado. Se o cumprir com idoneidade, sentirá as alegrias da consciência que cumpriu seu dever. Se explorar ou mal conduzir a capacidade que pode se apresentar em diferentes graus, sentirá o peso das consequências danosas que só podem provir da irresponsabilidade ou da omissão. Mas como a falta de conhecimento ainda o qualifica como se privilegiado fosse, sofre assédios e exigências descabidas, expondo-se à incompreensão inclusive no seio da própria família. Como independe de idade, sexo, religião, estágio social ou intelectual, seu uso e aplicação, todavia, sofre séria influência do aspecto moral, podendo tornar-se fonte de muitas bênçãos ou alegrias ou causa de sérios e graves desastres morais, com consequências danosas de longo alcance. O mais marcante ainda, e para surpresa de muitos, é que ele não é privilégio nem invenção, nem tampouco de domínio de qualquer religião. Trata-se de uma capacidade humana, extremamente variável na forma de apresentação e percepção daquele que a detém de maneira mais ou menos ostensiva, independente do nome que lhes queiramos dar. Na infância todos fomos por eles beneficiados, nos chamados benzimentos, e ao longo da vida, sempre tivemos uma ou outra notícia que vieram por meio desses personagens normais da vida humana, normalmente incompreendidos. No passado foram considerados feiticeiros, bruxos; atualmente são temas de filmes e novelas, tendo já disponível farto material literário que possibilite estudá-los amplamente para bem compreendê-los. Sim, referimo-nos aos chamados sensitivos, ou médiuns. Homens e mulheres comuns da sociedade humana que trouxeram consigo um compromisso de trabalho em favor da evolução, como instrumentos de socorro, instrução, orientação, cura física e moral, lúcidos portavozes da vida imortal ou veículos equivocados que, por não se disciplinarem ou desconhecerem a própria faculdade, podem tornar-se meios de perturbação a despreparados que igualmente desconhecem a questão. Por isso, nesta data de 30 de junho, comemorativa dos dez anos de retorno à Pátria verdadeira, do médium Chico Xavier – modelo de mediunidade a serviço do Cristo – nossa homenagem carinhosa de gratidão, àquele que incorporou no próprio comportamento os exemplos de autêntica humildade, amor ao próximo e plena consciência de seus deveres. Orson Peter Carrara |
Nossos próximos dez anos
Texto de Denise Lino Evidentemente, esse crescimento não tem somente a ver com a SEJA, mas essencialmente com a pujança da mensagem do Espiritismo que, justamente no último lustro, ganhou ainda mais as ruas, as telas da TV e do cinema, a internet e mais textos foram publicados. Talvez a SEJA tenha, de alguma forma, sabido tirar partido desse crescimento nacional e tenha conseguido alocar mais gente num mesmo espaço. Isto, porém, nos traz imensos desafios para os próximos dez anos. Dentre eles, destacaria a manutenção da atmosfera de família SEJA, que todos dizem perceber quando chegam à nossa casa. Começamos como um grupo de amigos do ideal espírita, e suas respectivas famílias, inspirados pela obra de Joanna de Ângelis, alguns eram amigos de longa data, outros mais recentes, logo, foi fácil, no começo, dar a tudo um ar familiar. O desafio, agora, é, com gente se acomodando em cada canto, não perder esse elo, essa vibração, esse bem-estar, não importa se quem está chegando está bem ou desconsolado. Importa é chegar e se sentir em casa. Além desse desafio, eu diria que outro é manter chama do entusiasmo, aquela mesma que nos levou a, praticamente sem recursos, procurar um arquiteto de renomada reputação, propor que ele fizesse o projeto da SEJA e levar adiante, em nove meses, uma obra que em termos de pagamentos diretos custou R$ 160.000,00, fora as doações. Vi esse entusiasmo de frente, quando uma senhora do DPS me procurou, à época, e doou R$ 7,00. Era a contribuição dela para a compra do cimento, cujo saco custava o dobro de sua doação. Naquela hora, eu me vi vivendo várias histórias ao mesmo tempo - a do óbolo da viúva, a das mulheres piedosas que sustentavam a obra de Jesus, a dos trabalhadores da última hora, - e tendo a certeza de eram os espíritos que nos conduziam. Outro importante desafio é a manutenção da fidelidade a Jesus, a Kardec e à obra de Joanna. Isto não significa dizer que não venhamos a estudar outros autores, faremos isto, sim, desde que as idéias estejam em consonância com as destes três, conforme preconiza o estatuto da instituição em seu artigo III, inciso primeiro. Precisamos nos preparar para os próximos dez anos, a fim de que ao final deles possamos mais uma vez comemorar a vitória da fraternidade, do entusiasmo lúcido e da vivência evangélica, sem os quais a SEJA deixará de ser “uma casa abrigo para os fracos, porto de consolo para os sofredores, oásis dos desesperançados e oficina de trabalho para os otimistas”, conforme pensaram os seus fundadores. |
Evitando Obsessões
Não deixe de sonhar. Mas enfrente as suas realidades no cotidiano. Reduza suas queixas ao mínimo, quando não possa dominá-las de todo. Fale tranqüilizando a quem ouve. Deixe que os outros vivam a existência deles, tanto quanto você deseja viver a existência que Deus lhe deu. Não descreia do poder do trabalho. Nunca admita que o bem possa ser praticado sem dificuldade. Cultive a perseverança, na direção do melhor, jamais a teimosia em pontos de vista. Aceite suas desilusões com realismo, extraindo delas o valor da experiência, sem perder tempo com lamentações improdutivas. Convença-se de que você somente solucionará os seus problemas se não fugir deles. Recorde que decepções, embaraços, desenganos e provações são marcos no caminho de todos e que, por isso mesmo, para evitar o próprio enfaixamento na obsessão o que importa não é o sofrimento que nos visita e sim a nossa reação pessoal diante dele. (André Luiz, psicografia de Chico Xavier, Meditações Diárias. IDE, 2009) |
Oração Diante da Palavra
Senhor, Deste-me a palavra por semente de luz. Auxilia-me a cultivá-la. Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto. Ensina-me a falar para que se faça o melhor. Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento. Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira. Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação. Não em deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam, juntos de mim. Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre. Meimei (Extraído do livro Meditações Diárias, pelos Espíritos Bezerra de Menezes e Meimei, psicografado por Chico Xavier, 1° edição, 2009) |
Oração do Médium Fiel
Senhor da vida! Fazei de mim instrumento da vossa misericórdia, a fim de que eu possa contribuir em favor da sociedade na qual me movimento, oferecendo os recursos espirituais que estejam ao meu alcance. Iluminai a minha consciência e guiai os meus sentimentos de forma que me possa transformar em ponte espiritual para que os irmãos desencarnados em sofrimento, por meu intermédio recebam os esclarecimentos necessários à sua libertação. Concedei-me a benção da misericórdia e da compaixão, para que a sublime luz da caridade se esparza do meu amor, beneficiando os corações amargurados e os Espíritos que se encontram em desalinho, estorcegando nas traves invisíveis da revolta e do desespero. Favorecei-me com o discernimento para melhor compreender e atender os compromissos que por mim se encontram firmados desde antes do berço, não me desviando, em momento algum dos deveres de elevação e de paz. Amparai-me a fragilidade moral, fornecendo-me energias benéficas, portadoras de ternura e de carinho, a fim de poder superar as provas do caminho, tomado de agradecimento por tudo e sem resíduos ou mágoas de qualquer natureza. Ajudai-me na difícil escalada evolutiva, em face das amarras vigorosas que me atam à retaguarda, de onde me ressumam os problemas não resolvidos. Alçai-me aos páramos da imarcescível luz de que necessito, vencendo as sombras teimosas que me ameaçam ao avanço. Auxiliai-me na docilidade, dando-me coragem para exercer a bondade, concedendo-me nobreza para melhor compreender, ensejando-me clareza mental na aceitação das ocorrências e favorecendo-me com a couraça da fé para não desanimar nem temer. Propiciai-me sabedoria para distinguir o que devo fazer daquilo que não me é lícito realizar, de modo a evitar no futuro conflitos desnecessários ou arrependimento injustificável. Vós, que sois a Vida, tende misericórdia do vosso fâmulo, que se encontra disposto a servir, mas teme equivocar-se, repetindo os calamitosos delitos do passado. Facultas-me a oportunidade de trabalhar na mediunidade, porque, através do olvido de mim mesmo, dos interesses mesquinhos a que me apego, possa deixar-me diminuir as imposições do ego enfermo, para facultar a outros Espíritos a oportunidade de reabilitação e de reconstrução do mundo íntimo, crescendo no rumo da sociedade feliz do amanhã. Honrado pelo tesouro da mediunidade, favorecei-me com a simplicidade interior, com a abnegação necessária e o entusiasmo sem alarde, na obra de amor a que dais continuidade através dos tempos. Reconhecendo-me portador de debilidade no que se refere às forças morais para tão grave realização, qual é o ministério de amor e de luz, em vós busco os recursos da sustentação e as diretrizes de segurança para seguir com devotamento e humildade até o fim. Senhor da Vida! Ponho-me sob a vossa proteção, deixando que se faça em mim segundo a vossa vontade e não a minha própria. Manoel Philomeno de Miranda (Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na noite de 16 de novembro de 2006, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.) |
Os Dias Graves do Senhor
Estes são os dias, os dias graves do Senhor! É necessário que as criaturas humanas abramo-nos ao Evangelho restaurado e nos permitamos ser instrumentos do Condutor de Vidas, para que possamos aplainar os caminhos que a Sua Misericórdia vem percorrer. Espíritas! Assumistes um compromisso antes do berço. Firmastes no Além um documento de responsabilidade para proclamar o Reino de Deus na Terra, no momento das grandes aflições. Pedistes o testemunho e o sofrimento para respaldarem a qualidade da vossa tarefa. Não recalcitreis, pois, ante o espinho do testemunho. Permanecei solidários para que não experimenteis solidão. Cantai um hino de louvor e de bem-aventuranças, para que as vossas não sejam as lágrimas do remorso, ao contrário, sejam as da gratidão. Não postergueis o momento da renovação interior. Se colheis, por enquanto, os cardos e se sorveis a taça da amargura que preparastes antes, semeai paz, alegria e amor para a colheita do futuro. O Espiritismo é Jesus voltando de braços abertos e trazendo no Seu séquito os corações afetuosos que vos anteciparam na viagem de volta ao Grande Lar, e que, numa canção de júbilo, agradecem a Deus a honra de participarem da Era Nova do Espírito imortal. Tornai-vos sábios na simplicidade, na cordura, na gentileza e ricos na compaixão. O amor cobre a multidão dos pecados e a compaixão coroa o amor de ternura. Começando por agora, aqui, o trabalho de lapidação do caráter para melhor, conseguireis, como estamos tentando conseguir, a palma da vitória. Nada que vos atemorize. Que mal podem fazer aqueles que caluniam, que mentem, que perseguem, se tudo quanto fizerem perde o seu sentido no túmulo? Jornaleiros da Imortalidade, avançai cantando Jesus para os ouvidos moucos do mundo, e apresentando-O para os que se ocultaram nas furnas da loucura, das sensações e do despautério. Hoje é o momento sublime de construir e, em breve, o momento de ser feliz. Muita paz, meus filhos. Com todo carinho, o servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra (Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da Conferência pública, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 26 de agosto de 2010.) |
"Convocação"
...Nós fomos chamados por Jesus para tornar o mundo melhor. Não foi por acaso que na hora última a voz do Divino Pastor chegou até nós. Não nos encontramos no mundo assinalados apenas pelos delitos e os erros pretéritos, somos os Servos do Senhor em processo de aperfeiçoamento para melhor servi-lo. Nem a jactância dos presunçosos, nem a subestima dos que preferem a acomodação. Servir, meus filhos, com a instrumentalidade de que disponhamos é o nosso dever. Observamos que a seara cresce, mas os trabalhadores não se multiplicam geometricamente como seria de desejar, porque estamos aferrados aos hábitos doentios, que no momento da evolução antropológica, serviram-nos de base para a transformação do instinto em emoção edificante. A maneira mais segura de preservar os valores do Evangelho de Jesus em nós é através da vinculação mental com o Nosso Condutor. Saiamos da acomodação justificada de maneira incorreta para a ação. Abandonemos as reações perturbadoras e aprendamos as ações edificantes. Sempre dizemos que necessitamos de Jesus, sem cuja Misericórdia estaríamos como náufragos perdidos na grande travessia da evolução, mas tenhamos em mente que Jesus necessita de nós, porque enquanto falamos a Ele pela oração Ele nos responde pela inspiração. Ele age pelos nossos sentimentos através das nossas mãos. Sejam as mãos que ajudam, abençoadas em grau mais expressivo do que os lábios que murmuram preces contemplativas. A nossa postura no mundo neste momento é de misericórdia. Que nos importem os comentários deprimentes a nosso respeito, se valorizamos o mundo, respeitando os seus cânones e paradigmas? Não nos preocupemos com que o mundo pensa e fala de nós através de outros corações. No belo ensinamento de Jesus na casa de Lázaro, enquanto Maria o ouve e Marta se afadiga temos uma lição extraordinária – não é necessário ficar numa contemplação de natureza egoística, mas é necessário aprender para poder servir. A atitude de Marta é ansiosa, era a preocupação com o exterior. A atitude de Maria era iluminativa, a que parte dos tesouros sublimes da coragem e do amor, através da sabedoria, para poder melhor servir. O serviço é o nosso campo de iluminação. Nós outros, os companheiros da Vida Espiritual, acompanhamos as lágrimas que são vertidas pelos sentimentos de todos aqueles que nos suplicam ajuda e, interferimos com a nossa pequenez, junto ao Mestre Incomparável para que Ele leve ao Pai as nossas necessidades, mas bendigamos a dor sem qualquer laivo masoquista; agradeçamos a dor que nos desperta para a Verdade, e que nos dilui as ilusões; que faz naufragar as aventuras de consequências graves antes que aconteçam. Estamos portanto convocados para a construção da Sociedade Nova, na qual o bem pairará soberano, como já ocorre, acima de todas e quaisquer vicissitudes. Filhos da Alma, tende bom ânimo. Não recalcitreis contra o aguilhão nem vos permitais a deserção lamentável ou a parada perturbadora na escalada difícil da sublimação. Jesus espera-nos, avancemos! Suplicando a Ele, o Amigo Incomparável de todos nós, envolvemos os afetuosos corações em dúlcidas vibrações de paz. Na condição de servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra Muita paz! (Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da conferência pública, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de julho de 2011). |